quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Novatos na empresa, vejas as gafes mais cometidas

São Paulo – Após um árduo e cansativo processo de seleção você foi chamado para integrar a equipe de funcionários da empresa desejada. Agora o desafio é outro: crescer na empresa e se destacar a meio outros jovens talentos. De forma positiva, é claro.
Os novatos erram bastante – mesmo os experientes, que passaram por estágios em outras companhias. E, as gafes vão desde a inadequação das roupas ao comportamento dentro da empresa.
Com a ajuda de especialistas, a EXAME.com listou as seis principais gafes que os novatos cometem :

1 - Arrogância

Para alguns, a aprovação no processo seletivo equivale a um passo de um posto gerencial. Apesar de previsto no programa de treinamento, uma postura arrogante é inaceitável.
“Os recém-formados dão muito valor para o conhecimento técnico e tendem a invalidar as pessoas que não o possuem”, explica Bruna Dias, gerente da Cia de Talentos Carreira.
Renata diz que, com a dificuldade de passar no programa de trainee, os jovens entram na empresa querendo mudar tudo. O espírito é até correto, mas a postura inadequada faz com que as sugestões inovadoras não sejam tão bem recebidas.
“Questionar tudo que o gestor faz e julgar que ele faz tudo errado não é uma atitude correta. Cria-se uma resistência desnecessária; o trainee tem que entender que é preciso muito arroz e feijão na prática para chegar naquela posição”, explica Renata.

2 - Excesso de competitividade
“Se o trainee atropela os colegas, ainda que ele seja um jovem talento, percebemos que há uma dificuldade de lidar com as pessoas”, afirma Marcelo Orticelli, diretor da área de Pessoas do Itaú Unibanco. Ele diz que ser competitivo não é ruim, desde que a pessoa seja leal e com espírito de equipe.
Para Vladimir Barros, diretor de Recursos Humanos da Ale, o ideal é o trainee competir com si mesmo. Tentar se superar é melhor do que uma competição que fere a ética profissional.

3 - Imaturidade

Na maioria dos casos, os trainees selecionados são jovens recém-formados na faculdade, fato que também influencia o comportamento deles. “Eles esperam orientações, como se estivessem na escola ainda. E se há alguma insatisfação, os trainees se juntam e criam um motim”, conta Bruna.
Renata diz que no mundo acadêmico é comum juntar um mutirão para tentar tirar um professor, por exemplo. No mundo corporativo, a história é outra. Ao se unir para reclamar com algum gestor, por exemplo, passa-se sempre a imagem de imaturidade.
“É preciso coragem para fazer uma reinvindicação sozinho e defender sua opinião”, afirma.

4 - Língua solta

Durante uma reunião com outros trainees e gestores é preciso disciplina para não fazer um comentário sem coerência ou apenas repetir o que a outra pessoa acabou de falar. Para Barros, a gafe de uma argumentação vazia ou fora da realidade só não é pior que o as críticas que os trainees postam em redes sociais.
“Há um acompanhamento no que eles escrevem nas redes sociais. Além de críticas, há piadas e gírias com erros de português”, explica. Para Renata, fotos de biquíni, bebendo na balada, ou “hoje fiquei chateado com a empresa” não são apropriados, por exemplo.
“Procurar gestor no Facebook e perguntar sobre assuntos profissionais também acontece. É preciso cuidado, rede social não é e-mail. Muito menos perguntar no mural dos superiores sobre a empresa”, completa.

5 - Falta de envolvimento

Não se importar em expor a sua falta de empenho, adotar uma postura não colaborativa com os colegas e demonstrar dificuldade de assimilar os desafios, segundo Orticelli, são sinais de um erro na seleção do trainee.
Por isso, caso você não queira ser confundido com um “erro” é preciso mostrar envolvimento com as atividades e desafios durante o treinamento.
Para ele, umas piores gafes é um trainee não demonstrar o mínimo de comprometimento com a empresa.

6 - Ser seletivo

A liberdade de escolher os parceiros de trabalho na faculdade e fazer determinadas tarefas não existe quando está em um programa de treinamento.
Nesse período, o trainee precisa aproveitar o máximo dessa rede de relacionamentos e entender que aquela área que ele tanto quer ingressar pode acontecer depois de um período de aprendizado.
“Os trainees chegam a falar ‘não quero, o gestor do meu colega é muito mais legal que o meu’. Não é assim que as coisas funcionam”, explica Bruna.

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